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domingo, 30 de outubro de 2011

OS DEZ MANDAMENTOS FERRAMENTA DA COMUNIDADE

Pequeno resumo

A obra apresenta reflexões claras que se levantam com a finalidade de esclarecimento de como é que os dez mandamentos podem ser compreendidos hoje. Está explicita, a realidade que demonstra como é que os dez mandamentos foram usados ao longo da história como fontes de opressão e a exploração do povo de Israel. Em outras palavras, o autor salienta que os dez mandamentos foram usados e são também usados atualmente dentro das nossas sociedades com a finalidade de explorar o povo na dimensão espiritual, moral assim como econômica.
Ao contrário disso, está clara a visão de que os dez mandamentos têm como finalidade orientar o povo de Deus para a realização de uma liberdade plena, que brota na consciência de reconhecimento dos direitos e deveres que constrói o ser da natureza humana. Eles devem estimular o espírito do povo de Deus na priorização ou legitimação dos valores digno presentes no dom de Deus que se manifesta no ser da vida de qualquer pessoa humana. O autor aponta as injustiças que foram realizadas na base de má interpretação dos dez mandamentos ao longo da história que causou uma grande opressão e exploração do povo israelita no Egito. Em relação a isso, ele faz uma comparação com os fatos atuais que refletem a tais injustiças, que o povo de Israel sofreu e que nos nossos dias se manifesta de forma diferente, mas com a mesma finalidade de satisfazer os interesses e as necessidades dos líderes religiosos assim como políticos, por meio de exploração e opressão do povo e de uma forma especial os inocentes.
Por outro lado é fundamental perceber que, os dez mandamentos não devem se ausentar da finalidade de construir a consciência do estimulo de promoção da vida, no seio do povo de Deus, no sentido de busca e reconhecimento dos valores dignos que possam orientar todas as sociedades humanas para a realização do sonho de uma liberdade plena. E é a partir dessa convicção que podemos compreender que os dez mandamentos têm como finalidade de construir a consciência de busca e vivência da justiça, igualdades, fraternidade e de forma geral os valores que têm por finalidade de garantir a libertação do povo na dimensão espiritual assim como moral.


QUINTO MANDAMENTO: NÃOMATARÁS

Uma observação Crítica e objetiva


Como podemos notar, a escolha de refletir o sentido deste mandamento centra na sua finalidade de preservação da vida que é o dom de Deus, e é com a finalidade de conservar e dignificar este dom de Deus, que o sentido e valores presentes nos outros mandamentos podem ser reconhecidos dentro da realidade da existência humana. Por outras palavras, este mandamento é o centro de todos os mandamentos, visto que a finalidade de todos eles manifesta no seu caráter de estimular e fortificar a sensibilidade na dignificação da vida humana tendo como o seu fundamento a fé. Por outro lado, a moral fundamentada na fé tem sido criticada na maioria dos casos pelos pensadores de visão humanista, muito mais quando se fala do mandamento, visto que esta visão limitada à clareza da liberdade do homem, na perspectiva da liberdade da escolha dos valores que possam orientar a sua existência na dimensão individual assim como social. E o pior disso, é que em muitos casos nas pregações soa mais o caráter de projeção no sentido de que tudo depende de Deus, e com isso devemos fazer o grande esforço no contexto de obedecer aos seus mandamentos e em troca disso recebermos a sua benção ou a nossa garantia da vida eterna. A ênfase dessa convicção faz o termo mandamento soar no sentido de um Deus autoritário que faz tudo para que os seres humanos sigam e obedeçam a sua vontade. A igreja como instituição diretamente ou indiretamente segue este espírito de um Deus que traçou os mandamentos para que o seu povo obedeça no sentido de conquista da sua benção. Como conseqüência, dentro das comunidades o povo está sempre atrás de um sacerdote ou qualquer membro religioso para perguntar se pode fazer isto ou aquilo, se pode ou não divorciar depois de casar na igreja e assim por diante. Os fiéis são transformados em crianças e dependentes percebendo a vida como um processo de eterno dilema.
Estas preocupações revelam o caráter limitado da nossa ética; e se não for o caso, nós não explicitamos de uma forma autêntica aos nossos fiéis para que eles também estejam na altura de julgar e escolher os valores de uma forma prudente na base da condição em que eles se encontram. Essa iniciativa, seria importante não somente para os fiéis, mas sim para o desenvolvimento da nossa ética no seu geral, visto que todo membro estaria orientado pela convicção de que é o seu dever de ajudar a sociedade na construção dos valores que têm por finalidade de afirmar a igualdade da espécie humana enraizado na dignidade da sua natureza. Na maioria dos casos, os mandamentos são usados para estimular a dependência no seio dos para isso eles promovem a ética de obediência para que o povo obedeça, a Deus, obedeça, religião que ele professa, obedeça a sua família e assim por diante. E isso limita a liberdade da escolha dos valores necessários para o progresso humano na dimensão individual assim como coletivo.
Isto porque tudo depende de Deus, ou dos lidares das instituições religiosas como fundamentos que podem dizer o que é certo e o que é errado, mas se o espírito de Deus está dentro de cada ser humano por que é que é o poder de decidir o que é que podemos fazer com a nossa vida para que ela seja vivida de uma forma digna cabe somente aos líderes religiosos das nossas religiões e não aos como todos? A onde é está a nossa liberdade de expressar o espírito de Deus que está presente dentro de cada um de nós, e qual é a nossa liberdade dentro das religiões em que nós professamos se tudo depende dos nossos líderes decidirem o que é que nós devemos ser?
Contudo, a busca de explicação do sentido e valores dos mandamentos deve ser feita com clareza para que a sua compreensão seja libertadora no contexto de estimular o espírito de autoconfiança e prudência na perspectiva de discernimento dos valores no meio dos fiéis e não a dependência, visto que a dependência reflete aquilo que o mandamento nos interdita. Neste caso, através deste mandamento a nossa fé nos oferece o dever e a responsabilidade de assumir o compromisso da vida, na base da busca do espírito de autoconfiança e auto-afirmação da nossa natureza humana. O termo não matarás, tem por objetivo de eliminar todas as tendências que prevalecem no meio da realidade humana e que constituem como obstáculos ou ameaças do progresso pleno da vida humana. Então hoje refletir sobre este mandamento, significa fortificar o espírito de auto-afirmação da nossa natureza humana por meio da busca objetiva dos valores que garantem a conservação da nossa vida tendo os seus fundamentos na fé. Deus dá cada um de nós por meio deste mandamento à consciência de renovação da nossa sensibilidade da conservação da nossa vida em especial da nossa espécie humana. Com isso, a nossa existência e o nosso modo de ser deve ser sempre afirmação e confirmação da nossa essência humana. Portanto, podemos concluir que a luta pela realização da justiça, igualdade, solidariedade e a liberdade plena da nossa espécie humana por meio da nossa fé, é o dever de cada pessoa humana, e este tendência deve ser definida como o caráter primordial do ser humana.

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