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segunda-feira, 2 de abril de 2012

A ORIGEM DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E SOCIAL


O destino da humanidade se manifesta atualmente como uma crise mundial que, sob a forma de desemprego forçado, pobreza, doença, revolução, matança de fetos, assassinatos, suicídios, vícios, perversões, casamentos infelizes, falta de religiosidade e distúrbios mentais, é percebido como um crescente fator e de tal amplitude que, visto em perspectiva, não deixará de afetar a ninguém. Em geral nós vivemos no mundo de insatisfações, para além das insatisfações materiais; as insatisfações enraizadas na nossa natureza humana que normalmente se manifesta dentro das nossas vidas por meio de solidão, angústia, ansiedade, depressão e assim por diante. Este sentimentos constituem directamente ou indirectamente a base de todo tipo de violência que nós enfrentamos dentro das nossas sociedades. Todos nós somos insatisfeitos pela nossa economia, pelos nossos líderes políticos, religiosos, além disso, nós somos também insatisfeitos pelo o nosso próprio estilo da vida, os solteiros estão insatisfeitos, os casais são insatisfeitos e os religiosos por sua vez também estão insatisfeitos, mas o pior de tudo é a falta de transparência ou coragem de expressar a insatisfação. Na verdade existem várias formas de se manifestar as insatisfações que brotam no curso da nossa vida; outros se manifestam pelo orgulho como fonte de auto-estima, outros pela arrogância, depressão, solidão, uso de drogas, praticas viciosas da religião, política e assim por diante.
Então, a insatisfação é o elemento fundamental através da qual surgem várias formas de violências que fazem parte da realidade da nossa vida. Como já acabamos de afirmar, nós estamos no universo de insatisfações, e as tais insatisfações tornam-se mais perigosas quando não são expressas ou manifestadas de uma forma transparente. Na maioria dos casos nas famílias, podemos notar com muita facilidade a tendência de insatisfações muito mais na dimensão de relacionamento humano. Nesta perspectiva, os esposos se sentem insatisfeitos nas suas relações com as suas esposas e vice versa, e essa tendência vai se estendendo aos filhos. Os pais se sentem insatisfeitos nas suas relações com os filhos e vice versa. Estas irregularidades causam revoltas que geram violências que pode ser de carácter emocional, espiritual ou mesmo física. A falta de transparência no sentido de nos expressar os sentimentos de insatisfações que prevalecem dentro dos nossos relacionamentos constitui a base para o surgimento de várias formas de revoltas ou violências seja na dimensão familiar assim como social. A falta de transparência com os nossos sentimentos reduz o espírito de afirmar a autenticidade da identidade daquilo que nós somos. Como resultado nós nos tornamos construtores de gerações dos indivíduos insatisfeitos com a nossa própria natureza humana.
Por outro lado, é importante também sublinhar a questão da ignorância no contexto de falta da compreensão da realidade humana nas suas diferentes dimensões. Quanto a isso, nós enfrentamos com muita freqüência dentro das nossas vidas, a falta de capacidade de encarar as nossas limitações, receamos lidar com os nossos próprios fracassos, como conseqüência, nós somos carentes do espírito de reconhecimento das nossas fraquezas, mas somos ao mesmo tempo supersensíveis no reconhecimento das fraquezas dos outros. As nossas tradições, cultuas, religiões contribuíram bastante no desenvolvimento do espírito de insatisfação, muito mais por meio da ética da obediência. Os filhos são obrigados a obedecerem aos seus pais, às esposas são obrigadas a obedecerem aos seus esposos assim por diante. E isso gera insatisfações ou rebeldias, porque nem tudo o que nós obedecemos nos traz satisfação, como conseqüência surge o espírito de revolta. E é por isso que notamos com muita freqüência nas instituições manifestações de greves, simplesmente porque as nossas tradições nunca fizeram-nos entender com transparência a realidade das coisas muito mais da nossa própria natureza humana. Nunca nos deu a visão de respeitar as coisas na razão daquilo que elas são na sua virtude. Ensinaram-nos a respeitar os nossos irmãos ou os nossos semelhantes não por ter dignidade humana, mas sim por serem criados na imagem de Deus. Com isso, o espírito de dialogo e transparência tornaram-se muito fraco dentro das nossas relações, eles só ficaram para responder ou ser invocados nos momentos de greves ou conflitos gerado pelas insatisfações.
O crescimento das acções de violências tem haver também com aumento do número dos membros dentro da família assim como dentro da sociedade. Portanto, quanto o maior for o número da população dentro de uma determinada sociedade maior será o registro das violências. Contudo, falar da violência no ambiente familiar é importante salientar que na maioria dos casos as mulheres assim como as crianças tem sido as principais vitimas da violência doméstica, embora haja uma percentagem limitada dos homens que também fazem a parte das vitimas da violência doméstica, a percentagem das mulheres e crianças continua sendo elevada.
Por outro lado, a violência doméstica em alguns casos também é estimulada pela realidade social, os meios de comunicação e outros elementos, que às vezes as sociedades promovem e que com muita facilidade estimula sentimentos de insatisfação das pessoas. Por exemplo, numa sociedade em que o consumo de drogas é liberal, o prevalecimento das violências será notável na dimensão familiar assim como social. Contudo, para a diminuição das violências, a educação torna o elemento fundamental, isto na dimensão familiar assim como social. A educação é única e a melhor religião que o ser humano criou até aos nossos dias, por isso, é somente pela educação que as nossas sociedades alcançarão uma consciência eticamente digna e civilizada. Por outro lado, a "falta de religiosidade" das gerações modernas é, na verdade, expressão de uma nova cultura e civilização que não só exige a sabedoria eterna como princípio absoluto da existência humana, mas também requer um método de cálculo deste princípio, de modo que tais gerações possam acedê-lo por seus próprios cálculos e possam integrá-lo em seu próprio saber. É esta a forma de "religiosidade" da qual somos testemunhas e a qual chamamos de ciência moderna. Todos os homens da ciência são, deste modo, e em amplo sentido, pesquisadores da verdade.
A desigualdade é um dos elementos que tem contribuído bastante no desenvolvimento das violências dentro das sociedades, portanto a evidência da consciência ética na educação deve ser o elemento indispensável como meio de controlo das violências causadas pelas insatisfações.

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